Pataniscas Satânicas

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quinta-feira, 24 de março de 2016

Terrorismo e gatos

Hoje queria ter escrito sobre o fenómeno do terrorismo num mundo globalizado.
Por causa da Bélgica.

Mas a verdade é que estou cansado dessa conversa.
Porque é sempre a mesma coisa. Eles fazem rebentar umas bombas e matam inocentes, nós ficamos com medo e desejo de vingança, e os nossos exércitos vão lá às cidades deles despejar umas toneladas de explosivos e matam inocentes.

Ficamos mais descansados durante uns meses, e depois o ciclo recomeça.

Para ser franco, o que me aborreceu foi o vídeo do próximo presidente Americano a dizer claramente que temos que matar as famílias dos terroristas. Portanto, as mulheres e os filhos deles. Talvez ele não acredite nas parvoíces que diz. Mas sabe que é o que as pessoas querem ouvir.

Talvez isso seja mais assustador.

Acho que foi muito bom alguém lembrar esta ideia de matar mulheres e crianças. Provavelmente este génio vai resolver o problema do terrorismo e trazer estabilidade ao Médio Oriente.


O facto é que a vida continua, e a história dá ideia de ser cíclica.


Portanto, dado que já conhecemos esta narrativa, vou escrever sobre coisas mais importantes.

O meu gato chama-se Coiote, e gosta de caixas de cartão. Gosta de se meter dentro delas e de as morder e arrancar bocados. As primeiras vezes que isso aconteceu, eu disse-lhe para parar. Depois desisti, porque me sentia estúpido a mandar um gato fazer o que quer que seja, e porque ele parecia tão feliz a arrancar bocados de cartão à dentada.


O meu gato gosta de ficar à janela. Põe-se em pé (maisoumenos) em cima da casa de banho dele, e fica debruçado a ver os outros gatos a passar no beco atrás da minha casa. Fica a olhar para eles durante muito tempo, a fingir que não está a ver os pombos ao canto do beco. Ele tem um plano para apanhar os pombos todos.


Outra coisa que ele quer perceber é o que acontece dentro da máquina de ferro com a janela redonda que faz barulhos. Ao princípio ele tinha medo da máquina de ferro, mas lentamente foi-se habituando. No outro dia apanhei-o a dormir lá dentro. Um dia ainda o apanho a usar o aspirador.


Houve um dia em que o Coiote começou a miar alto na cozinha e eu fui ver o que se passava. Um gato amarelo tinha subido para cima da árvore atrás da minha casa, e o Coiote estava a miar-lhe por algum motivo. Acho que o estava a incentivar. Depois disso começou a tentar subir às árvores. ´
Acho que o herói dele é o gato amarelo, e quer ser como ele quando for grande.



O Coiote gosta de passear na rua de trela. Quando sai tenta sempre cheirar todos os pneus de todos os carros, e tenta arranhar os cães todos que vê. Ele não gosta de cães nem de autocarros. Na realidade, os autocarros não passam de cães grandes que fazem barulhos grossos e bufam dos tubos de escape.


Outra coisa que ele ainda não percebeu bem é porque é que os humanos têm bacias grandes de porcelana com uma alturinha de água no fundo, onde se sentam todas as manhãs. Mas não é por falta de investigar...


Outra coisa que ele gosta é de bater grandes sornas no sofá. Às vezes, enquanto dorme, começa a miar com os bigodes a tremer, e outras começa a lamber-se todo. Deve estar a sonhar com atum, que é o que ele aceita como suborno para tudo. Acho que ele deixava tudo, e fugia de casa para perseguir uma lata de atum bom petisco.


De resto, gosta de aparecer em fotos.

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