Pataniscas Satânicas

Pataniscas Satânicas

quarta-feira, 8 de julho de 2015

of Anti-Vaxxers and Pine Cones

Há por aí uns estúpidos que andam a tentar fazer a humanidade voltar para a idade média.

Há alguns anos, e não eram assim muitos, morriam milhões e milhões de pessoas todos os anos por causa de epidemias de doenças.
Milhões delas.
Porque começámos a viver em cidades, muitos de nós a vivermos uns em cima dos outros, e as bactérias e os vírus fizeram um dia de festa!



Subitamente doenças que de outra forma estariam razoavelmente isoladas, apesar de serem mortíferas, viram-se com comida às toneladas toda a conviver junta.
E as bactérias e os vírus multiplicaram-se abundantemente.

Os vírus e as bactérias são coisas engraçadas. São pouco mais do que robots construídos com maquinaria molecular proteica.
Têm capacidades e programas de acção muito simples.
As regras pelas quais operam são pouco mais complicadas do que "Consumir açúcar" e "Divisão Celular". Não fazem mais nada.

Nem chegam a ser animais a sério. São as unidades básicas de funcionamento dos animais, antes de aprenderem a organizar-se e a fazer coisas mais complicadas.



E no entanto conseguem matar-nos aos milhares de milhões, como aliás já falei anteriormente.
As bactérias e vírus foram os primeiros seres vivos deste planeta, e a única coisa que fazem é comer e reproduzir-se.
E comer-nos a nós, infectando-nos.

E volto a frisar, fazem um excelente trabalho!

Podemos falar da Peste Negra.
Porquê ir à procura de exemplos curiosos e pequeninos e caricatos quando podemos ir directamente para a maior delas todas?



Yersinia pestis, trazida pelos mongóis e pela Rota da Seda para uma Europa com cidades sobrelotadas, em 1346, e que matou, estima-se, entre 75 e 200 milhões de pessoas, ou cerca de 25% da população europeia.

A Peste Negra não era agradável.
Dou-me à liberdade de traduzir uma descrição colorida:

"A peste negra vinha em três formas: bubónica, pneumónica e septicémica.

A primeira, a peste bubónica, era a mais comum: pessoas com esta doença tinham bubões, ou glândulas linfáticas aumentadas, que se tornavam negros (por causa do apodrecimento da pele enquanto a pessoa ainda estava viva). Sem tratamento a peste bubónica mata cerca de metade das pessoas infectadas em 3 a 7 dias.


Na peste pneumónica, gotículas de Y. pestis aerossolizada são transmitidas de humano para humano através da tosse. Se não for tratada com antibióticos (que na altura não existiam) nas primeiras 24 horas, quase 100% das pessoas infectadas morrem em 2 a 4 dias.


A peste septicémica acontece quando as bactérias entram no sangue através do sistema linfático ou respiratório. Doentes com peste septicémia desenvolvem gangrena nos dedos das mãos e pés, que tornam a pele preta. Apesar de rara, esta forma da doença é quase sempre fatal, frequentemente matando as vítimas no próprio dia em que aparecem os sintomas"



Portanto imaginem uma população medieval, que quase de um dia para o outro começa a ver a morte a espalhar-se pelas pessoas sob a forma de uma doença incompreensível, imparável e extremamente chocante. Pessoas que começavam com bolas negras no pescoço, ou com os dedos a caírem, a morrerem pelas aldeias e pelas cidades aos milhões.
Imaginem o pânico.
Imaginem o cheiro.

Mais recentemente temos a Varíola, que é um dos vírus mais bem adaptados aos Humanos, com mais ferramentas para fugir ao sistema imunitário, e que também não é nada simpática.


Tem uma mortalidade de 20-60%, sendo que nas crianças é de 80%, e estima-se que só no século XX tenha morto entre 300 a 500 milhões de pessoas.

A Varíola tem uma particularidade. Foi a primeira doença que conseguimos, efectivamente, erradicar.
Erradicámos a varíola.
Deixou de existir.
Conseguimos, efectivamente, ganhar uma guerra contra um inimígo invisível, mortífero, que nos andava a matar desde há dez mil anos antes de cristo.
Ganhámos uma guerra contra um vírus.



Conseguimos compreender o suficiente a etiopatogenia do vírus, encontrar um método para impedir a sua propagação e contágio, aplicámos essa solução a TODA A GENTE NO MUNDO AO MESMO TEMPO e numa geração eliminámos uma doença.

Actualmente existem vacinas para mais de 14 doenças, e a Organização Mundial de Saúde estima que evitem entre 2 a 3 milhões de mortes todos os anos, sobretudo em crianças.


O problema é que as pessoas deixaram de ter medo das doenças infecciosas.
Deixaram de ter medo das Pestes.
Esqueceram-se que o primeiro cavaleiro do apocalipse, o Cavalo Branco, era a Pestilência.



E por causa disso há pessoas que acham que as vacinas são uma coisa má.
E pronto, as pessoas têm direito a serem estúpidas. As pessoas que acham que as vacinas são uma coisa má têm direito a serem estúpidas. Quem sou eu para negar a estupidez de uma pessoa.

O problema é que a estupidez delas mata crianças.
As pessoas que não vacinam os filhos deviam ser acusadas judicialmente de negligência infantil e do homicídio involuntário de toda e qualquer criança que morresse por doenças que poderiam ter sido evitadas pela vacinação.

É absolutamente ridículo que no séc. XXI tenhamos de voltar a fazer campanhas para convencer as pessoas de que as vacinas são uma boa ideia!

Esperar-se-ia que depois de vermos crianças em pulmões de ferro porque ficaram com os músculos respiratórios paralisados porque um vírus lhes destruiu as vias neurológicas motoras, teríamos aprendido que as vacinas são uma boa ideia.




Mas não.
Esses estúpidos da anti-vacinação, que mereciam ser obrigados a engolir uma pinha (esterilizada, para não apanharem doenças infecciosas), acham-se superiores. Acham que é mais "natural" não vacinar, e acham que as vacinas são uma conspiração para provocar autismo às crianças.

Se fosse só uma ignorância honesta, eu era capaz de aceitar. Se fosse só um equívoco motivado pela vontade de fazer o melhor pelos filhos, eu era capaz de aceitar.
Mas estes estúpidos, mesmo quando confrontados com provas científicas, continuam a rejeitar as vacinas.

[Inserir aqui chorrilho longo de insultos e palavrões, o mais ofensivo e agressivo que consigam imaginar, dirigidos a pessoas que não vacinam os seus filhos]

9 comentários:

  1. Não percebo qual é o teu problema com as bactérias. Acho que és um maricas, e que as bactérias são fofinhas. Chamo a atenção para o seguinte link a provar o meu ponto de vista: http://www.amusingplanet.com/2008/10/stuffed-toys-bacteria-viruses-and.html

    queres acabar com estas bactérias? Acabemos com as vacinas, antes que elas comecem a matar gatinhos!!!!

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  2. O problema das vacinas é que toda a gente as toma, mesmo as pessoas mais sujinhas.
    Toda a gente sabe que as pessoas mais sujas é que têm doenças.
    Se te orgulhas de ser muito limpinho e de teres crianças perfeitamente higiénicas, como é que podes admitir que elas apanhem doenças?
    Isso não pode ser.
    Vacinar as crianças é como admitir que elas podem apanhar doenças! Como é que isso pode acontecer se são tão bem comportadas?

    Não, vacinar as crianças é admitir que se é parecido a todas as outras pessoas sujas que também se vacinam
    Ìsso não pode ser

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    1. acho que sim. a maior parte das vacinas são bolas de cotão suspensas em formol, de qualquer maneira....

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    2. E têm químicos que provocam autismo e dislexia, e são parte de uma conspiração do conglomerado farmacêutico judeu!

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    3. Nossa, quanta besteirada! Me explique como doenças transmissíveis pelas vias respiratórias têm alguma coisa a ver com higiene, vocês antivaxxers me fazem rir. A poliomielite jamais pegou só "sujinhos", e mesmo que isso fosse verdade (o que NÃO É), a minha higiene não é garantia da higiene alheia.

      É muito retardo.

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    4. E essa do autismo? Nossa, toma aqui teu troféu de IMBECIL MANIPULÁVEL.

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    5. Tem toda a razão! Venha visitar a nossa página de Facebook e veja o quão imbecis e manipuláveis somos!
      https://m.facebook.com/pataniscassatanicas
      Faça like e habilite-se a ganhar uma t-shirt das Pataniscas!

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    6. Este comentário foi removido pelo autor.

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