Pataniscas Satânicas

Pataniscas Satânicas

quinta-feira, 30 de julho de 2015

No Man's Sky

*Disclaimer*: HYPED AS FUCK ARTICLE ABOUT NO MAN'S SKY - Estas são as razões pelas quais estou hyped e porque é que isto é diferente do Minecraft


É difícil começar a descrever este jogo.

O No Man's Sky é o melhor jogo que podia ser construído sobre a arquitectura do Minecraft.

Ainda hei-de escrever um artigo a explicar em detalhe o Minecraft, mas por agora envio-vos para um texto que eu escrevi em 2010 (!) quando o Minecraft ainda estava no início.

Para explicar o que precisam de perceber acerca do Minecraft passo a citar desse dito artigo.

Eu - É um mundo infinito gerado aleatoriamente onde podes fazer o que quiseres!
Ricardo - Fazer o quê?
Eu - Podes explorar e recolher materiais e fazer blocos e construir coisas!!!
Ricardo - E...?
Eu - ...e é isso.
Ricardo - Só isso?
Eu - Também tens zombies...
Ricardo - Ah! Tens de matar zombies!
Eu - Não tens de os matar... mas podes.. e eles só aparecem à noite..
Ricardo - Então o que é que tens de fazer?
Eu - Não tens de fazer nada! É essa a beleza do jogo podes fazer tudo o que quiseres!
Ricardo - E tu o que é que fizeste?
Eu - ...fiz uma casa.
Ricardo - Para quê?
Eu - ... para fazer uma casa.
Ricardo - Ah...
Eu - A casa é um fim em si mesmo!
Ricardo - Ah... fixe...

Agora que estão elucidados acerca do Minecraft, já vos posso falar do No Man's Sky.


Está a ser desenvolvido por uma companhia chamada Hello Games, e pelo director/programmer Sean Murray

Sean Murray
Para começar o jogo é LINDO.
Não é só que seja imensamente colorido, porque é, mas as cores escolhidas são invulgares e a paleta de cores escolhida  cria um ambiente e estética etéreos e quase psicadélicos.


Depois o jogo passa-se no espaço! Com naves espaciais e planetas e estrelas e alienígenas! (eu estou a apostar que vai ser lançado perto da estreia do Star Wars)
É um mundo de ficção científica espacial extremamente detalhado, com ambientes e tecnologias muito reminiscentes do Star Wars, do Star Trek, do Battlestar Galactica, até do Flash Gordon.
Existe uma narrativa, uma espécie de Lore, subjacente ao mundo (da qual ainda não sabemos nada) que terá de ser descoberta à custa de pistas. Existem beacons e sentinelas robóticas em todos os planetas que atacam o explorador se este abusar demasiado dos recursos do planeta.


Tem também um sistema de crafting, no qual podemos ir recolhendo recursos (elementos químicos) para ir melhorando e evoluindo o nosso equipamento.
Podemos melhorar a nossa nave espacial, o fato de protecção, as armas, etc.




À semelhança do Minecraft todo o conteúdo do jogo é criado por Geração Processual. Ou seja, cada planeta, montanha, rio, árvore ou animal é gerado pela primeira vez, automaticamente e aleatoriamente quando um jogador o descobre pela primeira vez.
Cada novo planeta fica guardado no servidor e pode depois ser visitado por outro jogador.
Até a música vai ser gerada processualmente!

É uma orgia de exploração infindável.



Para além dos planetas também estações espaciais e NPCs serão gerados, criando mercadores, piratas, caçadores de prémios, exploradores, etc.
Podemos sair do hyperspace e deparar com uma batalha espacial entre duas facções rivais.
Podemos simplesmente juntar-nos a um dos lados e começar a colaborar com essa cultura, ou ignorá-los e ir para o planeta explorar ruínas.

São aventuras espaciais!

Cada jogador pode escolher o tipo de jogo que quer fazer. Uma aventura calma, relaxante, hipnótica como o Minecraft era, a recolher recursos nos planetas e a vendê-los, ou uma aventura de acção em que se é um caçador de prémios a perseguir piratas espaciais a disparar lasers para todo o lado.



Depois há o TAMANHO do jogo.

O programa tem capacidade para gerar 18 quintiliões de planetas! 2x10^64 planetas!
Se o jogo tivesse 20 milhões de jogadores, ainda assim cada um deles teria 922,337,203,685 planetas individuais para descobrir.
Cada vez que um explorador descobre um planeta novo, fica registado como descobridor desse planeta, e o planeta fica guardado no servidor, podendo voltar a ser visitado por outro explorador no futuro.

Este número estupendo de planetas é muito maior do que várias galáxias juntas, tanto que o jogo é descrito como tendo criado um Universo inteiro.

Um número tão grade de planetas implica que cada jogador vai ter de explorar muito, mas mesmo muito antes de encontrar outro planeta que já tenha sido descoberto, quanto mais cruzar-se com outro jogador.


Mas este jogo corre o mesmo perigo que fez com que eu me aborrecesse do Minecraft.
Se o No Man's Sky tiver um mundo tão aberto, tão livre nas suas mecânicas, corre o risco de ser um jogo sem objectivos.
E por muito divertidas que sejam as mecânicas do jogo, sem um objectivo específico, com demasiada repetição tornam-se aborrecidas.
Seria fácil eu aborrecer-me nesse mundo. Depois de muita exploração, simplesmente desistia do jogo porque já não havia nada para fazer.

E mesmo assim seria um excelente jogo. Divertido, muito colorido, impressionante pelo seu tamanho.
Mas ia sofrer exactamente dos mesmos problemas do Minecraft.

A solução de Sean Murray para este problema é tão simples quanto é óbvia.

O objectivo do No Man's Sky é chegar ao Centro do Universo.


E na realidade basta isso, basta uma direcção.

Porque é que andamos todos a explorar planetas e a recolher recursos e a desenvolver o nosso equipamento? Para chegar ao Centro do Universo.
Subitamente todas aquelas mecânicas têm um propósito. Mesmo que sejam repetitivas têm ganhos que aproximam o jogador do seu objectivo final.

Todos os jogadores começam na periferia do Universo, longe uns dos outros, e dado que o seu objectivo é chegar ao Centro do Universo, começam a aumentar as probabilidades de se cruzarem uns com os outros.


Outra coisa que também já foi anunciada é que à medida que um jogador se aproxima do Centro, o programa de geração de planetas vai ficando cada vez mais "intenso".
Se na periferia os planetas são razoavelmente parecidos à terra, à medida que o jogador se paroxima do Centro, o programa vai construindo planetas cada vez mais bizarros, com condições mais extremas e sobretudo mais perigosos.


Portanto não só há uma direcção, como uma sensação de progressão e crescimento da dificuldade à medida que se progride nessa direcção.

Para mim, para a minha experiência de jogo, acho que isso fará toda a diferença.

Por enquanto não há sequer uma data de lançamento anunciada, mas quando o jogo sair, e eu o comprar e jogar, hei-de escrever uma crítica.


7 comentários:

  1. mas sabes qual é a direcção do centro do universo?
    I need this. Quando é que isto sai?

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  2. Isto já saiu, desde que eu comentei da última vez?

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  3. Parece-me que me iria dar bem a caçar prémios, perseguir piratas espaciais e disparar lasers por todo o lado. Enquanto não dá, continuo a neverwintar.

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    Respostas
    1. O que eu quero fazer é ser uma espécie de Indiana Jones espacial, a explorar ruínas alienígenas, a recuperar artefactos poderosos e a vendê-los!

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    2. Há ruínas no espaço? Não é tudo ultra-moderno?

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